SAIBA: Quem é o jornalista do futuro. Do futuro? É só ir...

O repórter do futuro está aqui hoje

por Steve Rubel*

traduzido e editado por Gustavo Nolasco

A palavra jornal é realmente um termo impróprio hoje. Ou, pelo menos, vai ser em breve. Cada vez mais notícias são entregues digitalmente e são interativas. As pessoas, que trabalham em jornais, escrevem pensando que vão morrer, mas eu acredito que elas têm um futuro brilhante (em formato digital) e está bem na frente delas.

Todo mundo está à procura de uma solução para o problema dos jornais. Mas a resposta esta bem embaixo do nariz. A situação está evoluindo lentamente por meio do avanço dos trabalhos individuais de repórteres, que estão usando meios sociais para construir uma forte conexão com seu público (e nesse processo, constroem também suas próprias marcas pessoais).

 Na primavera, os times de beisebol estão em pleno treinamento na Flórida e no Arizona. Eu sou um fã do Yankee e estou  muito atento ao que o jornalista Pedro Abraão tem feito. Ele deve ganhar prêmios por quebrar barreiras no jornalismo esportivo.

Abraão é o escritor padrão dos assuntos relacionados aos Yankees para o Jornal Notícias em Westchester County (subúrbio de Nova York). É o 94º maior jornal diário dos Estados Unidos, com cerca de 100.000 leitores.

Ele trabalha em Tampa onde os Yankees treinam, e ele faz muito mais do que simplismente escrever para o impresso. Aqui está um inventário de sua 'mídia social':

Primeiro, ele tem um blog atualizado com assuntos de vários lugares por dia e com centenas de comentários dos leitores. O blog surgiu em 2006.


 

Além disso, Abraão tem um grupo no Facebook com cerca de 1600 membros.


 

Ele posta fotos do treinamento usando seu iPhone. Preste atenção nos equipamentos usados pelos outros repórteres.


 

Existe também um podcast no iTunes onde ele atualiza áudios todos os dias.


 

Pra terminar, hoje ele estava usando tanto o CoverItLive (site que possibilita criações de chats) juntamente com o Mogulus (página que permite transmissão de vídeo em tempo real) para fazer uma transmissão ao vivo e ao mesmo tempo conversar com os leitores.


 

 Abraão só não está no Twitter, YouTube e talvez no Flickr, mas ele parece estar indo muito bem com o que tem.

Agora imaginem por um momento que Abraão não seja um jornalista esportivo, mas sim, escritor da seção comercial de uma empresa ou indústria. Ou ainda imaginar que ele é colunista da seção culinária de um jornal. 

Este método multi-plataforma está ao alcance de todos os jornalistas. Se cada repórter fizer isso, ele pode não só construir um público mais engajado, como também redefinir a mídia local.

Para os profissionais de relações públicas, isto é uma benção. Mais conteúdo cria mais oportunidades para contar histórias e também para a participação. Se nós não estivermos junto com as pessoas e as empresas, então não vamos chegar lá, no objetivo da nossa profissão.

O que Abraão está fazendo representa não só o futuro do jornalismo, mas também aquilo que os profissionais de Comunicação Social têm que fazer para construir ligações com os próximos anos.

*Steve Rubel é consultor de mídia e relações públicas.

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