de Carl Sagan

 

Uma lição de humildade

por Gustavo Nolasco

O Pálido Ponto Azul de Carl Sagan é o ápice do pensamento do astrônomo. Ele era contra a fé [O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida]. Contra a igreja [A História está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por ignorância, ou por cobiça de poder, destruíram conhecimentos de imensurável valor que em verdade pertenciam a todos nós. Nós não devemos deixar isso acontecer de novo]. Contra qualquer ligação espiritual [A vida é apenas uma visão momentânea das maravilhas deste assombroso universo, e é triste que tantos se desgastem sonhando com fantasias espirituais]. Contra o ego [E se o mundo não corresponde em todos os aspectos a nossos desejos, é culpa da ciência ou dos que querem impor seus desejos ao mundo?]. E mais contra a fé [Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências; baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar]. Ele acreditava em ETs [Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço]. E se assustava com isso [O que é mais assustador? A idéia de extraterrestres em mundos estranhos, ou a idéia de que, em todo este imenso universo, nós estamos sozinhos?]. Tinha uma visão sobre o universo muito peculiar [O universo não foi feito à medida do ser humano, mas tampouco lhe é adverso: é-lhe indiferente]. Ele sabia que nós somos parte do universo e não o contrário [Nós somos uma maneira do Cosmos conhecer a si mesmo].

2 comentários:

  1. Fantástico!!! um pensador insólito, interessantíssimo. Concordo com grande parte das definições, menos em relação aos ET´s. Evidencialmente, a maior parte do universo está desocupada.
    PS> minha produção será encaminhada no máximo até a noite.
    daniel

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